Açores

Os roteiros descritos focam muito os percursos sugeridos no mapa e a perspectiva visual através da lente da câmara para que possa facilmente escolher os lugares com mais interesse e criar o seu próprio percurso. Considerando esta informação poderá depois consultar diversos guias de viagem e páginas web para aprender mais sobre cada lugar. Ainda assim, pergunte-nos o que quiser sobre os itinerários e os locais. Será um prazer ajudar.

Roteiros

  • São Miguel
    1- Ponta Delgada – Sete Cidades – Mosteiros – Ribeira Grande – Lagoa do Fogo – Lagoa – Ponta Delgada
    2– Ponta Delgada – Vila Franca do Campo – Furnas – Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões – Ponta Delgada
  • Terceira
    Angra do Heroísmo – Algar do Carvão – Biscoitos – Praia da Vitória – Porto Martins
  • Faial
    Horta – Caldeira – Varadouro – Capelinhos – Almoxarife
  • Pico
    Madalena – Pico mountain – Lajes – São Caetano – Santa Luzia – São Roque
  • São Jorge
    Velas – Fajã das Almas – Topo – Fajã dos Cubres – Fajã do Ouvidor
  • Graciosa
    Santa Cruz da Graciosa – Furna do Enxofre – Carapacho
  • Flores
    Santa Cruz das Flores – Lajes – Fajã Grande – Ponta Delgada

São Miguel

Ponta Delgada é a maior cidade e capital da Região Autónoma dos Açores. No centro histórico destaca-se a Igreja Matriz de São Sebastião cuja construção foi concluída em 1547 em estilo manuelino. Não longe ficam as Portas da Cidade, um dos símbolos desta cidade.

Saindo de Ponta Delgada para oeste da ilha chega-se rapidamente ao Miradouro da Vista do Rei de onde nos podemos deslumbrar com a Lagoa das Sete Cidades constituída pelas lagoas gémeas Azul e Verde. Na descida para a cratera onde fica a povoação das Sete Cidades passa-se pela bonita e inexplorada Lagoa de Santiago. Do lado exterior da cratera destaca-se a Ponta da Ferraria, um sítio único com águas termais quentes a juntarem-se com o mar. Destaca-se também os Mosteiros, um pequena povoação a oeste que tem uma agradável zona balnear em frente aos ilhéus.

Seguindo para leste de Ponta Delgada passamos por Lagoa com a sua zona balnear de excelência, constituída por piscinas naturais e artificais de água do mar. Continuando chega-se a Vila Franca do Campo que foi durante o primeiro século de povoamento a mais importante povoação da ilha. Destaca-se aqui o Convento e Igreja de Santo André. Em frente fica o bonito e famoso Ilhéu de Vila Franca do Campo onde o mar forma uma límpida lagoa. Mais para leste e seguindo para o interior da ilha passa-se pela Lagoa das Furnas e chega-se à povoação das Furnas que são actualmente um marco turístico na Ilha de São Miguel. Aqui destaca-se a Poça da Dona Beija, um spa natural ao ar livre visitado por muitos, as Caldeiras das Furnas que são vários tipos de caldeiras de água termal em ebulição que mostram o carácter vulcânico destas ilhas e o Parque Terra Nostra que tem um lindíssimo jardim com 2000 espécies de árvoires e flores e uma piscina de água termal.

Miradouro do Salto do Cavalo é um sítio excelente para observar todo o vale da Lagoa das Furnas. Continuando pelo interior de São Miguel destaca-se ainda a pequena Lagoa do Congro com o seu enquadramento verde luxuriante e a Lagoa do Fogo, bem maior, que atinge os 3 km de comprimento e uma profundidade de 30 m, tudo isto a cerca de 575 m de altitude. Descendo da Lagoa do Fogo para a Ribeira Grande passa-se na Caldeira Velha um parque que contém uma cascata de água quente. A Ribeira Grande é a segunda maior cidade de São Miguel e situa-se na costa norte da ilha. Tendo ventos mais adversos, as praias da Ribeira Grande são mais selvagens que as da costa sul sendo também por isso famosas pelo surf. Destaca-se a Praia de Santa Bárbara e a Praia da Viola, esta um pouco mais protegida.

Seguindo da Ribeira Grande para o Nordeste pelo norte da ilha, passa-se pela Fábrica de Chá Gorreana e mais para a frente no Parque Ribeira dos Caldeirões. Na ponta mais oriental da ilha é imperdível o Miradouro da Ponta da Madrugada e o da Ponta do Sossego. Muitos turistas mais corajosos vêm aqui ver o nascer do sol. Continuando a circular a favor dos ponteiros de relógio pelo perímetro da ilha chega-se a Povoação que é sede de um pequeno concelho e por fim à bonita Praia da Ribeira Quente já no sentido de regresso a Ponta Delgada.

Terceira

Angra do Heroísmo é a segunda maior cidade dos Açores tendo esse título sido atribuído em 1534. Em 1983 passou a ser classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. O traçado urbanístico de Angra provém do século XVI e os edifícios do centro histórico maioritariamente dos séculos XVII e XVIII. Destes destacam-se a Sé Catedral de fins do século XVI, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição do século XVIII e a fabulosa Igreja da Misericórdia do século XVIII inconfundível com a sua fachada azul a defrontar a Baía de Angra e o Monte Brasil. O Monte Brasil é um vulcão extinto que teve origem no mar e se juntou a Angra.

Algar do Carvão é uma chaminé vulcânica com uma lagoa de águas límpidas que atinge uma profundidade de 15 m. Nas proximidades ficam as Furnas do Enxofre com as suas fumarolas.

Os Biscoitos são uma povoação no norte da ilha que têm uma excelente zona balnear com piscinas naturais. Esta é uma zona tradicional de vinho com o Museu do Vinho onde é possível degustar o Verdelho que é produzido nas quadrículas de muros de pedra semelhantes aos da Ilha do Pico.

Miradouro da Serra do Cume oferece bonitas vistas da “Manta de Retalhos” formada pelos cerrados que formam uma quadrícula no interior da ilha, mas também da planície das Lajes e da Baía da Praia da Vitória. O Miradouro da Serra do Facho oferece uma bonita vista para a Praia da Vitória. De destacar ainda as zonas balneares do Porto Martins, Doze Ribeiras e a povoação de São Mateus.

Faial

Começando na Horta, uma bonita cidade antiga que foi colonizada a partir de 1465 pelo nobre flamengo Joss van Hurtere quando o Faial ainda tinha o seu nome original de Ilha de São Luis. A sua avenida marginal marcada a sul pelo famoso bar Peter’s Cafe Sport onde passam navegantes de todo o mundo, é quase um anfi-teatro com vista para a montanha do Pico em frente à Marina e Porto da Horta. O Monte Queimado e o Monte da Guia (com um bonito miradouro) limitam a cidade a sul formando a Baía do Porto Pim onde fica uma boa praia de areia, a Praia do Porto Pim. Para norte do Peter’s fica o Forte de Santa Cruz, hoje em convertido em Pousada de Portugal. Das várias impressionantes igrejas da Horta destacam-se o Colégio dos Jesuítas da Horta, cuja construção iniciou-se em 1652, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário de 1696, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a Igreja de Nossa Senhora das Angústias. A norte a Horta é limitada pela Lomba da Espalamaca onde fica um miradouro com uma vista fantástica da Horta.

Saindo da Horta e estando bom tempo, nada como subir rapidamente à Caldeira para observá-la do seu miradouro em todo o seu verde esplendor, esta cratera de um vulcão extinto com 400 m de profundidade e 2000 m de diâmetro. Da Caldeira pode descer-se até à Praia do Varadouro, com as suas piscinas no mar para todos os gostos. Contornando a ilha no sentido dos ponteiros do relógio, chega-se ao Vulcão dos Capelinhos, que tem actualmente um moderno centro de interpretação subterrâneo que se enquadra bem na paisagem e onde se pode ver material multimedia sobre a erupção de 1957. Continuando a volta à ilha passa-se pela Praia do Norte, Cedros e finalmente bonita praia de areia preta do Almoxarife que inclui o privilégio de ter o Pico mesmo em frente.

Pico

A visita da ilha do Pico começa habitualmente na Madalena onde a maior parte dos visitantes ficam alojados.

Na vila da Madalena a visão da Igreja de Santa Maria Madalena do século XIX é a mais comum de todas as perspectivas em que se caminhe pela vila. As piscinas da Madalena oferecem um excelente momento de lazer com vista para o Faial. Em direcção a São Roque, a zona da Barca onde fica o famoso Cella Bar porporciona também uns bons mergulhos com destaque para o snorkelling que permite ver a variedade da vida marinha. Subindo da Madalena em direcção à montanha do Pico, atinge-se um bonito planalto pontuado por várias lagoas e paisagem verdejante, onde se destaca a Lagoa do Capitão. Descendo em direcção à vila das Lajes desde a Caldeira chega-se a um miradouro onde se pode observar toda a zona sudeste da ilha desde Ribeiras até Calheta do Nesquim. Seguindo para as Lajes, há uma zona balnear muito agradável na baía logo à entrada da vila. Nas Lajes destaca-se o Museu dos Baleeiros, uma das bonitas fachadas antigas em frente ao mar. O Espaço Talassa é um dos piorneiros nos Açores na observação de cetáceos tendo um destaque nas actividades turísticas nas Lajes. Seguindo de volta a Madalena passa-se pelas bonitas freguesias junto ao mar de São João, São Caetano e São Mateus onde se podem encontrar algumas piscinas naturais. A zona da Criação Velha é um dos principais focos da Vinha do Pico que é classificada como Património Mundial pela UNESCO.

Partindo da Madalena em direcção a São Roque, os principais destaques, além do já referido Cella Bar e sua zona balnear, encontra-se a freguesia do Cachorro que é o expoente das rochas marítimas formadas pela lava do vulcão e que nesta aldeia formaram um cabeça de cão. Um pouco mais à frente depois do Aeroporto fica o bonito conjunto de Vinhas e casas tradicionais do Pico, no Lajido na freguesia de Santa Luzia. Em Santo António há uma bonita zona balnear com piscinas. Em São Roque destaca-se o conjunto de edifícios históricos na frente marítima da vila, assim como a estátua do Rei D.Dinis. O Museu da Industria Baleeira é de grande interesse e fica junto ao Cais do Pico. Daqui partem barcos para a ilha de São Jorge. Depois de São Roque destacam-se as povoações de S.Miguel Arcanjo, Prainha e Santo Amaro.

Por fim, a Montanha do Pico é o grande símbolo da ilha e o motivo que atrai mais visitantes que almejam subir ao seu topo. A Subida ao Pico é uma experiência única! Começa pela Casa de Montanha onde se deixa o carro a cerca de 1230 m de altitude. Há um registo obrigatório e a entrega de um gps para localização em caso de ocorrerem problemas. Começando a subida pelo trilho identificado ao longo dos 47 marcos, leva-se em média entre 3 a 4 horas até atingir a cratera do vulcão. Depois é mais meia-hora para subir ao Piquinho, a elevação que perfaz a altitude de 2351 m do pico mais alto de Portugal. A descida é mais dura para as pernas e demora o mesmo tempo que a subida normalmente. A experiência pode ser realizada durante o dia, começando no nascer do sol ou iniciada à tarde para pernoitar na cratera. De uma forma ou de outra é aconselhável contratar um guia de montanha, sobretudo se o grupo de montanheiros não for muito experiente.


São Jorge

Velas é a principal vila da ilha e concentra boa parte dos serviços. Daqui partem os barcos de ligação ao Pico e ao Faial. No centro histórico destaca-se o Jardim da Praça da República com o coreto vermelho no centro, o Largo João Inácio de Sousa onde se situa a Igreja Matriz concluída em 1675 e o moderno Centro Cultural de Velas bem como as piscinas naturais ao seu lado praticamente no centro da vila.

Depois de dar um salto a Rosais para ver o pôr-do-sol, todos os caminhos seguem para leste e sem dúvida que o melhor itinerário é aquele feito junto ao mar passando pelo miradouro da Ribeira do Almeida que oferece uma fantástica vista de Velas e das ilhas vizinhas do Pico e Faial. Continuando junto ao mar passa-se por Urzelina, Manadas e chega-se à Fajã das Almas que é um autêntico paraíso de mar circundado por altas falésias verdes. Aqui é imperdível fazer snorkelling e apreciar as diferentes espécies de peixes. Depois de uns mergulhos pode continuar-se para mais outros mergulhos na pequena vila da Calheta que é sede de concelho desde 1534 e por isso tem um bonito centro histórico junto ao mar. Para chegar ao Topo só há uma estrada EN2 que percorre a metade oriental da ilha. Nesta parte destaca-se também a Fajã dos Vimes que tem uma pequena produção de café.

Na costa norte da ilha destaca-se a Fajã do Ouvidor que tem umas 30 casas mas apenas 11 habitadas todo o ano. Aqui fica a recentemente conhecida Poça Simão Dias que é um local maravilhoso para uns mergulhos. A Fajã dos Cubres é a mais povoada das fajãs do norte e tem uma beleza única e exótica com a Lagoa, as falésias verdes e as casas tradicionais. Desta fajã existe um trilho que apenas por onde se pode caminhar até à Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Esta fajã é mítica, talvez em parte por não ter acesso por estrada, mas também pela sua beleza natural, pelas ondas únicas que a tornam num spot mundial de surf e também pelo trilho que se pode descer desde a estrada EN2 alguns kms depois da Calheta, até à lagoa da fajã. Nesta lagoa produzem-se as únicas ameijoas dos Açores.

Graciosa

A ilha da Graciosa é pequena, raramente visitada pelo comum viajante. No entanto, a beleza dos Açores é que todas as nove ilhas são muito diferentes e têm as suas próprias características e encantos. Nesta ilha destaca-se a Furna do Enxofre que é uma enorme caverna vulcânica no interior da Caldeira da Graciosa com cerca de 180 m de diâmetro e 50 m de altura.

Santa Cruz da Graciosa é o único concelho da ilha e apresenta um bonito centro histórico. Na baía da Ponta da Barca fica o Ilhéu da Baleia, a muito propósito é um ilhéu com a exacta forma do cetáceo que habita por estas bandas. Em redor da ilha podemos observar os bonitos moinhos com tectos vermelhos que foram influenciados pelos flamengos que foram convidados a fixarem-se nos Açores no século XV.

Podemos terminar a visita à Graciosa com um épico mergulho no Carapacho apreciando o azul profundo do mar dos Açores.


Flores

Flores é, juntamente com o Corvo, uma ilha do Grupo Ocidental. É também a ilha do arquipélago que está mais a ocidente, aliás esse facto está assinalado na Fajã Grande, o ponto mais ocidental da Europa política, com uma longitude de 31º 16” W, já praticamente a meio caminho entre a Europa e a América do Norte. A vila mais importante é Santa Cruz das Flores.

Partindo de Santa Cruz das Flores em direcção à Fajã Grande pelas Lajes das Flores, passa-se pela Reserva Natural das Caldeiras Funda e Rasa com lagoas de 20 m de profundidade em média. Continuando para oeste chega-se à Fajãzinha e depois à Fajã Grande. Com uma paisagem verdejante e exótica proporcionada pela humidade parece o verdadeiro Éden com falésias impressionantes acima da Fajã e cascatas sumptuosas. Da Fajã Grande há um trilho para bonitas caminhadas para Ponta Delgada e para Lajedo.

Saindo de carro da Fajã Grande passa-se no planalto da ilha junto à Reserva Natural do Morro Alto e Pico da Sé onde se destacam as Lagoas da Caldeira Negra e Caldeira Comprida. No norte da ilha fica a localidade de Ponta Delgada. Daqui pode avistar-se a Ilha do Corvo.